Dicas do Casal 14/Abr/2018

5 coisas que um Fotógrafo aprendeu com um Tatuador

Fotografia e tatuagem tem alguma coisa a ver? SIM, e MUITO!

Nós gostamos muito de tatuagens, já temos algumas, mas a última que fizemos era muito muito importante, afinal foi uma espécie de aliança para nós.

Então escolhemos o tatuador levando em consideração não só a qualidade, mas também o quanto ele estava envolvido com a nossa idéia... E no meio do processo percebemos várias semelhanças entre o trabalho dele e o nosso. Nós, que oferecemos um serviço artístico, quando contratamos um temos a oportunidade de nos colocar no lugar dos nossos clientes. E no caso da tatuagem o que rolou foi muito legal: saímos do estúdio pensando - queremos que nossos noivos e noivas fiquem satisfeitos com a nossa fotografia como estamos satisfeitos com nossas tattoos.

Então resolvemos listar 5 coisas que nós, fotógrafos de casamento, aprendemos com um tatuador:

1. Tatuagem e fotografia de casamento são para sempre

No casamento é comum ouvirmos que é necessário escolher um bom fotógrafo, pois é a única coisa que irá ficar para sempre como registro do grande dia.

E quem faz tatuagem sabe que deve escolher um bom tatuador, pois uma vez feita, a tatuagem vai ser parte de você para sempre.

Sem dúvida são duas profissões que exigem muito comprometimento e responsabilidade, e os bons profissionais são os que compreendem isto e tratam este tema como prioridade.

2. Somos artistas

O estúdio de tatuagem é cheio de referências visuais - livros, revistas, quadros... Tatuadores tem um repertório artístico gigantesco, e quando vão criar uma tattoo é uma verdadeira obra de arte, feita com inspiração, e muitas vezes (como foi o caso da nossa) com um conceito e significado únicos.

Nós fotógrafos também estamos constantemente buscando alimentar a criatividade. Além das artes visuais, procuramos referência em tudo o que nos cerca. Assistimos filmes de olho nas cores e composição, vamos ao teatro e ao circo, vemos muitas fotos - não só de casamento, mas também de jornalismo, moda, editorial, etc.

Nosso olhar fotográfico fica atento o tempo todo, mesmo quando não estamos fotografando, prestando atenção em luzes, sombras, paisagens e pessoas, e quando vamos fotografar um casamento ou um ensaio trazemos toda esta visão artística para criar imagens especiais.

3. Mas nossa arte é para as pessoas

Nós produzimos arte com o nosso coração e nossa alma, mas produzimos para nossos clientes. Somos verdadeiros na nossa fotografia, fotografando aquilo que amamos e nos mantendo fiéis ao que acreditamos, mas acima de tudo respeitamos muito o sonho de nossos clientes.

Assim como uma tatuagem vai ser vista o tempo todo, as nossas fotos estarão presentes na vida de nossos clientes com mais frequência (e intensidade) do que qualquer pintura ou escultura que possam gostar.

Nosso tatuador conseguiu com maestria alinhar nossas idéias com o seu estilo. Ele nos disse que a tatuagem é nossa e não dele. E embora ele seja o artista, nós que a carregamos. Da mesma forma, nossas fotos não são nossas, mas das pessoas que fotografamos. E como toda obra de arte, nossa fotografia escapa de nossas mãos e vai ser do mundo, quando os amigos do casal vêem as fotos que eles compartilham no instagram, ou quando os familiares se reúnem no domingo e se divertem vendo o álbum de casamento. E assim como a arte supera o tempo, nossa fotografia é feita para o futuro: para os aniversários de bodas, para os filhos e netos, para reviver emoções.

4. Profissional e cliente tem que estar na mesma sintonia

Acho que essa é a dica mais importante que podemos dar. Ao escolher um fotógrafo ou um tatuador, é importante que haja SINTONIA.

Noivas tem muitas expectativas, e fotógrafos tem seu estilo definido, mas quando rola sintonia entre os dois o que acontece é mágico. Toda aquela arte de que falamos ali em cima flui naturalmente.

Voltando à tatuagem, nós procuramos o Cigano porque já nos identificamos com o estilo dele. Mas tínhamos um embaralhado de idéias para nossa tatuagem, e o desafio era saber se ele entenderia o que a gente queria. Quando conversamos com ele pela primeira vez já vimos que isso não é um desafio, simplesmente acontece. Falamos sobre as nossas referências, ele mostrou trabalhos que ele já fez, explicou como seria o nosso desenho, e deu pra perceber que estávamos falando a mesma língua.

E o mais importante de tudo, ele disse: - Vou curtir muito tatuar vocês.

Ele não só entendeu o que queríamos, mas se sentiu animado para participar disto. Assim foi só confiar no profissionalismo dele e deixar o lado artista fluir.

5. A experiência é tão importante quanto o resultado

Outra coisa que o Cigano falou e que nós não esquecemos, é que a tatuagem carrega a energia do dia que foi feita. Então não adianta nada você fazer uma tattoo com um tatuador que você não simpatiza, num lugar em que você não se sente a vontade. Pode até ser que o desenho fique bom, mas quando olhar para ele que tipo de lembrança isso vai te trazer?

Nossas tattoos, além de tudo o que elas significam, me lembram pizza doce de madrugada, música boa e o eterno bom humor do Cigano e da Adri.

E afinal de contas, é isso o que a gente leva da vida, não é? As experiências que vivemos. Então por que seria diferente com a fotografia? Um pôr do sol, um jantar, um lugar especial. Isso é o que vale ser lembrado. Uma vibe boa é absurdamente contagiante, e pode não ter explicação, mas garanto que uma foto tem o poder de passar esse sentimento ;)